17 de set. de 2020
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Dermatologia e Cosmiatria
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Harmonização facial: saiba mais sobre a técnica[/caption]
A harmonização facial vem conquistando cada vez mais brasileiras e consiste na combinação de vários procedimentos estéticos com o objetivo de proporcionar harmonia, simetria e rejuvenescimento facial.
Nossa face é dividida em diferentes camadas, que vão da pele ao tecido ósseo. Ao longo dos anos, os componentes da pele, gordura, ossos, músculos e ligamentos passam por um processo de degradação natural. Geralmente, o rosto, na juventude é como um triângulo invertido e representa o equilíbrio facial, com maçãs do rosto mais altas e marcadas e linha da mandíbula definida, marcando o contorno do rosto. Com o processo de envelhecimento, os coxins (pequenas bolsas de gordura presentes no rosto), por exemplo, deslocam-se para baixo, há perda óssea com frouxidão de ligamentos e músculos, podendo culminar na formação de olheiras, aprofundamento da linha entre o nariz e a boca (bigode chinês), alteração no contorno da mandíbula, rugas de expressão e estáticas e a perda de colágeno e elastina, que resultam na chamada quadralização da face e na perda do triângulo invertido.
Procedimentos
A harmonização pode ser feita através de vários procedimentos: MD Codes™, criado pelo cirurgião plástico brasileiro Maurício de Maio, que mapeou pontos específicos da face para serem preenchidos com ácido hialurônico, que pode ser usado em diferentes densidades, dependendo da indicação. A técnica permite o uso do ácido hialurônico em pontos de sustentação da face, para preencher olheiras e moldar lábios e nariz; aplicação de toxina botulínica, que impede temporariamente a contração muscular e é indicada para suavizar rugas e linhas de expressão, como os famosos pés de galinha. A substância também pode ser usada na região do pescoço e próximo ao contorno da mandíbula, com o objetivo de melhorar o contorno do rosto. Bioestimuladores como o ácido polilático, podem ser aplicados em diferentes camadas do rosto com o objetivo de estimular colágeno, corrigir a espessura, devolver volume, contorno e atenuar linhas e sulcos. Há, também, os fios de sustentação, que podem ser indicados para tratar áreas afetadas pela flacidez como bochechas, sobrancelhas, linha mandibular e pescoço. Eles são reabsorvíveis e tratam o problema de forma minimamente invasiva.
A radiofrequência injetável também é uma novidade para o tratamento da flacidez e contorno facial, realizado com uma cânula que é inserida na pele, aquecendo-a, promovendo uma retração em 3D com produção de colágeno a longo prazo. Tecnologias não-invasivas como o ultrassom microfocado para flacidez de face, como papada, pescoço e colo também são uma opção, além de lasers e tecnologia termo-fracionada para manchas e rugas também podem indicados.
A realização de quais procedimentos e onde devem ser realizados é individual e dependem de avaliação médica e das queixas do paciente.
Contraindicações
As contraindicações devem ser avaliadas individualmente. Porém, não há idade mínima para a realização da harmonização, mas o mais comum é procurar pelo procedimento quando há sinais mais claros de flacidez e envelhecimento.
Cuidados
Apesar de ter se popularizado, a harmonização facial deve ser feita por profissionais que tenham especialidade em dermatologia ou cirurgia plástica. Uma aplicação de preenchimento errada pode fazer com que o produto caia nos vasos sanguíneos, podendo obstrui-los causando necrose (morte do tecido) e até cegueira. Todo e qualquer procedimento minimamente invasivo oferece riscos, caso o profissional não tenha a expertise e formação adequadas tanto na realização do procedimento quanto no diagnóstico e intervenção em caso de intercorrências.