22 de dez. de 2020
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Proteção adequada para evitar câncer de pele[/caption]
Com a chegada do verão é preciso tomar alguns cuidados para evitar o câncer de pele. Evitar a exposição excessiva ao sol e se proteger corretamente usando filtros solares com proteção contra os raios UVA e UVB são as melhores formas de prevenir a doença e o envelhecimento precoce, de acordo com a dermatologista Alessandra de Melo. Como o efeito do sol é cumulativo na pele, a proteção deve ser feita desde a infância.
Porém, também é importante ficar atento a outro tipo de radiação solar, bem menos estudada e contra a qual a maioria dos filtros não consegue atuar, que é a luz visível, que ao contrário dos raios UVA e UVB, tem ondas que podemos enxergar. Ela é capaz de danificar o tecido cutâneo, segundo uma investigação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP). “Essa radiação gera lesões que, ao longo dos anos, podem sofrer transformação maligna. Os casos de melanoma, o câncer de pele que mais mata, crescem de 3% a 4% a cada ano”, explica Alessandra.
O efeito prejudicial da luz visível, que corresponde a 45% da energia solar que alcança o corpo, é multiplicado devido à associação com os raios UVA. Combinadas, essas duas radiações aumentam na pele a produção de lipofuscina, o pigmento do envelhecimento – e isso acontece independentemente da cor da pele. “Porém, hoje não existem muito filtros solares para interceptar esse tipo de luz. Sabemos que os filtros infantis conferem a proteção necessária contra ela, mas não são utilizados no corpo todo. A solução para se proteger da luz visível é usar uma barreira física, como roupas, chapéus, óculos, maquiagem e protetor solar e filtros solares em tom de base e, claro, evitar a exposição direta e excessiva ao sol, principalmente, no horário entre 10h e 16h”, ensina a médica.
Ela ainda esclarece que a luz visível também vem de lâmpadas, TVs e celulares, só que as fontes artificiais não seriam maléficas à saúde.